Não é novidade que a História se repete e tende a se perpetuar. Se isto não ocorre integralmente, na essência a regra parece prevalecer.
No
geral, o nosso Brasil, segundo dados históricos, não é um país
pacato, conforme muita gente afirma. Não se trata de uma referência
à desmedida violência urbana que atormenta e inquieta a todos nós.
Nem é puro pessimismo.
Basta
uma olhada rápida para listarem-se, somente a partir do século XIX,
36 conflitos armados (de maior ou menor relevância), e mais outros
23 no século XX, de intensidades e consequências históricas
similares, de motivações políticas e ideológicas diversas.
Paralelo
a isto, um grupo político e ideológico continua influente no
sentido de interferir nos destinos do Brasil: os socialistas e os
comunistas.
Para
se ter uma ideia clara do que isto representa, a partir da formulação
teórica do comunismo, em 1848, somente até 2014, computaram-se
cerca de 100 milhões de vítimas fatais em todo o mundo, em
consequência direta dessa ideologia, segundo dados do site
http://www.museumoncommunism.org.
A
filosofia marxista, nascida na Europa, ganhou projeção a partir do
manifesto escrito pela dupla Marx e Engels, mas também, adquiriu
derivações (como o maoismo, o trotskismo, e o stalinismo, por
exemplo).
Até
a fundação do Partido Comunista Brasileiro (PCB), em 1922, a
ideologia predominante no movimento operário brasileiro era o
anarco-sindicalismo.
O
Manifesto comunista somente apareceu em livro no Brasil em 1924, ou
seja, 76 anos após sua primeira edição na Europa. Três meses
depois de sua fundação, o partido foi posto na ilegalidade e assim
permaneceu até 1985, com breves períodos em que pôde atuar
livremente.
Criado
com a pretensão de ganhar o mundo, o comunismo sempre aspirou aqui
se instalar, de forma direta ou dissimulada, utilizando para isso a
luta armada, ou a persuasão do público-alvo – o proletariado,
composto pelos trabalhadores mais humildes, assalariados –, (como
vem fazendo nos últimos anos, invertendo valores).
As
expressões “comunismo” e “socialismo” recebem significados
nem sempre muito precisos. Numa explicação bem resumida, daria para
dizer que, segundo a teoria marxista, o socialismo é uma etapa para
se chegar ao comunismo. Este, por sua vez, seria um sistema de
organização da sociedade que substituiria o capitalismo, implicando
o desaparecimento das classes sociais e do próprio Estado.
Contudo,
e a exemplo do que vem ocorrendo pelo mundo, o comunismo é um
trampolim para a construção de regimes autoritários, perversos,
corruptos.
Alguns
especialistas são quase unânimes em afirmar que nunca houve um país
comunista de fato. Alguns estudiosos vão mais longe e questionam até
mesmo a existência de nações socialistas. Os países ditos
comunistas, como Cuba e China, são assim chamados por se inspirarem
nas ideias marxistas.
Entretanto,
esses países sequer poderiam ser chamados de socialistas, por terem
Estados fortes, nos quais uma burocracia ligada a um partido único
exerce o poder em nome dos trabalhadores.
Logo
após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), formou-se na Europa, sob
liderança da União Soviética, um bloco de nações chamadas de
comunistas. Esses países tornaram-se ditaduras, promovendo
perseguições contra dissidentes. A sociedade comunista, “justa e
harmônica”, concebida teoricamente por Marx, jamais foi alcançada.
Os
fatos históricos do passado, tendem a repetirem-se pelos tempos
afora, na medida em que a sociedade os acate como uma fatalidade, por
desinformação, apatia, medo, ou acomodação.
“Aqueles
que não podem lembrar o passado estão condenados a repeti-lo”,
afirmou
Jorge Agustín Nicolás Ruiz de Santayana y Borrás, um filósofo,
poeta e ensaísta espanhol que fez fama escrevendo em inglês,
e
que costumava usar o pseudônimo
de George Santayana.
A
exemplo do que ocorreu na falecida URSS – União da República
Socialista Soviética, a corrupção galopante destruiu o Estado,
degeneraram-se os costumes, e a sociedade acumulou e amargou
significativas perdas morais, intelectuais
e econômicas.
Aqui,
o cinismo e
a desfaçatez dos
que hoje arquitetam
avermelhar a nação brasileira, nem se quer chega
a enrubescer
as suas
faces.
Corruptos descarados,
sujeitam-se a toda espécie de cambalachos para auferirem lucros
exorbitantes e desonestos, ainda que, com isso, pessoas morram por
falta de assistência médica, ou em consequência da falta de
segurança. Sem contar que, sem educação e com desemprego em alta,
a vida perde qualidade, e a morte pode chegar mais rápida.
De
fato, negligenciar as experiências desastrosas do passado é
contribuir para a concretização de um presente ou um futuro de
dores e aflições.